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ELECTROMA

Quando dois robôs desejam se tornar humanos, esse foi o enredo do drama experimental de 74 minutos de duração selecionado por Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo que teve seu lançamento no ano de 2006 em Cannes.

E pra não perder o costume, novamente falaremos do duo francês Daft Punk, que tão constantemente temos citados aqui nas publicações do blog. Desta vez, saindo um pouco da zona de conforto após os aclamados sucessos dos álbuns até então Homework (1997), Discovery (2001), Daft Club (2004) e Human After All (2005)​ e da produção de Interstella 5555 a trilha sonora do filme não é composta pela própria dupla ficando a cargo de outros artistas. Porém, como em Eden, lost in music, possuem aparições no filme em que eles mesmos dirigiram com o roteiro de autoria propriamente pertencente a eles também. Neste mundo, todos são robôs, afinal, essa é a marca da imagem da dupla. E após tantos feitos robóticos, este, não seria diferente, porém, numa jornada bem semelhante a de qualquer ser humano neste planeta, apresenta-se a busca de reflexões num caminho rumo ao auto conhecimento, rumo ao diferente na tentativa de se descobrir e descobrir seu lugar no mundo. O filme conta com uma equipe de aproximadamente 115 profissionais envolvidos nas funções mais assistenciais, apoio, diretoria, produção, supervisão, efeitos visuais e musicais, design, figurino, efeitos especiais, técnicos, câmeras, editorial e muito mais. Além do elenco que girou em torno de 35 atores e atrizes que se alternavam e revezavam em algumas vezes.


Narrando a trajetória de dois robôs, o roteiro teve participação e co-particpação de Cédric Hervet e Paul Hahn por intermédio da Daft Arts, que é nada mais nada menos que um estúdio praticamente secreto em los Angeles repleto de tecnologia que com certeza muitos adorariam desbravar.


Tanto quanto o estúdio deve causar muita inveja, uma Ferrari 414 é usado pelo próprio daft Punk no deserto dos Estados Unidos. Este filme, também sem diálogos surgiu após a gravação do 'Human after all', num mix da ideia inicial de expandi-lo e o já existente sonho de fazerem um filme por conta. Em si, as aceitações foram mistas, enquanto muitos o negativaram, o filme teve seu lançamento por meio de muitas mostras em teatros, na qual o nível de aceitação foi bem positivo. Em meio aos que aprovaram, a rockeira banda 'Fall Out Boy' teve inspiração no filme pra elaboração de seu álbum 'Save Rock and Roll.' Pete Wentz disse à MTV News: "Em alguns aspectos, fomos inspirados pelo filme 'Electroma' da Daft Punk, não literalmente inspirado por ele, mas mais a idéia do engano dentro de cada um de nós que temos que descobrir no Procurar quem realmente somos." Em entrevista a Time 'Bangalter' revela que o filme é um experimento e que ele chegou a fazer diversos estudos, análises e até cursos sobre cinematografia.

O curioso é que tanto quanto seu escritório secreto, a dupla não gosta de aparecer em entrevistas nem de da-las, mas não hesitaram em fazer alguns esclarecimentos: Segundo Bangalter, A dupla tem uma "regra geral sobre não aparecer em vídeos." Embora a dupla raramente conceda entrevistas, Bangalter é citado como sendo o mais conversador e teimoso. Em relação à fama e ao estrelato, ele disse: "Nós não acreditamos no estrelato. Queremos que o foco seja a música. Se tivermos que criar uma imagem, ela deve ser uma imagem artificial. Essa combinação esconde nossa fisicalidade e também mostra o nosso ponto de vista sobre o estrelato. Não é um compromisso." "Estamos tentando separar o lado privado e o lado público. Só que nós estamos um pouco embaraçados pela coisa toda. Não queremos brincar nesta coisa de estrelato. Não queremos ser reconhecidos nas ruas. Sim. Todos têm nos aceitado usando máscaras em fotos até agora, o que nos faz felizes. Algumas vezes as pessoas ficam um pouco decepcionadas, mas essa é a única maneira que queremos fazer. Achamos que a música é a coisa mais pessoal que podemos dar. O resto é apenas as pessoas levando-se a sério demais, o que é tudo muito chato às vezes." Ainda em entrevista, ele também foi questionado se o estrelato pode ser evitado."Sim. Eu acho que as pessoas compreendem o que estamos fazendo. Eu conheço muitas pessoas que talvez gostem do jeito como estamos lidando com as coisas. As pessoas entendem que você não precisa estar nas capas de revistas com a sua cara para fazer boa música. Os pintores e outros artistas, você não os conhece, mas você sabe o que eles estão fazendo. Estamos muito felizes que a ideia em si está se tornando famosa. Na França, você fala de Daft Punk e eu tenho certeza que milhões de pessoas já ouviram falar, mas menos que algumas milhares de pessoas conhecem nossa cara - e é assim que gostamos. Nós controlamos isso, mas não somos nós fisicamente, nossas pessoas. Não queremos encontrar pessoas que são da mesma idade que nós, apertando nossa mão e dizendo, 'Posso ter o seu autógrafo?' porque pensamos que somos exatamente como elas. Mesmo as garotas, elas podem cair de amor com sua música, mas não com você. Você não precisa sempre se comprometer a ser bem sucedido. A brincadeira com máscaras é apenas para tornar mais engraçado. Fotos podem ser chatas. Não queremos todas as poses e atitudes do rock n' roll - elas são completamente estúpidas e ridículas hoje."

Durante a filmagem e desenvolvimento de Daft Punk's Electroma, a dupla fez grandes esforços para evitar de mostrar seus rostos. Durante o set do filme, eles escolheram ser entrevistados com as costas viradas para a câmera. Conforme relatado em outubro de 2006, a banda foi tão longe que chegou a usar um pano preto sobre as suas cabeças durante uma entrevista televisiva. Acredita-se que o mistério das identidades e a natureza elaborada dos seus disfarces ajudou a aumentar sua popularidade. O status icônico do figurino robótico foi comparado com a maquiagem do KISS e com a jaqueta de couro usada por 'Iggy Pop'. Bangalter afirmou: "A máscara fica muito quente, mas depois de usá-lá durante tanto tempo, estou habituado a isso." Ele também afirmou: "Nunca gostamos de fazer a mesma coisa duas vezes. É mais divertido e interessante para nós fazer algo diferente, se é usando máscaras ou desenvolvendo uma personalidade que mistura ficção e realidade. Estamos felizes em devolver às massas."

A trilha sonora ficou por conta de: >International Feel - Todd Rundgren (cortesia de Bearsville Records Inc.)

>In Dark Trees - Brian Eno (cortesia de Virgin Records)

>Billy Jack - Curtis Mayfield (cortesia de Rhino Entertainment Company/Curtom Classics)

>Miserere - Gregorio Allegr (Versão de A Sei Voci Ensemble) (cortesia de Astree Records)

>String Quartet in E Flat Major Op. 64, No. 6 - Joseph Haydn (Versão de Kodaly Quartet) (cortesia de Naxos)

>No. 4 in E Minor [24 Preludes, Op.28] - Fryderyk Chopin (Versão de Adam Harasiewicz) (cortesia de Universal Music Projets Speciaux) >If You Were My Man - Linda Perhacs (cortesia de Geffen Records licenciado pela Universal Music Enterprises) >I Want to be Alone.Dialogue - Jackson Carey Frank (cortesia de Sanctuary Records Group) >Universe - Sebastien Tellier & Mathieu Tonett (cortesia de Record Makers)

 

Referências: Time, Phouse, Wikipédia, Omelete, Imdb

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