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GROOVE - A FESTA RAVE

"Se aprender alguma coisa hoje, que seja esta: A festa não acaba até o último disco parar de girar." Assim é o Groove !

A nós AME, nada melhor que unir duas contextualidades culturais num único assunto. Eis então Groove - A festa rave, com colaboração de Nick Muir e participação real de John Digweed, um documentário que dança entre a ficção e os relatos baseados em vivências reais de frequentadores da cena eletrônica de São Francisco. O que dizer sobre Groove? Talvez um dos filmes mais realistas do mundo da música eletrônica com abordagem numa cena underground e local. Dizemos realista, por conseguir descrever com exatidão um cenário, pertencente não somente a São Francisco, mas relacionado a muitos outros locais que serviram de polo pra ascensão da cultura eletrônica. O longa metragem com cerca de 80 minutos de duração é colorido e do ano de 2000, recebendo a assinatura da Sony Pictures Classics. Com um roteiro que descreve fatos e aspectos relacionados a perspectiva do próprio diretor do filme 'Greg Harisson' enquanto público frequentador de festas. Americano e com pouca atuação no ramo cinematográfico, que além deste, também foi responsável pela produção do filme 'November' (2005).

Promo Poster

David Andes, da Newsweek constata que: "Groove - A festa rave vai fazer com que dê ao pé e dance!" Algumas pessoas chegam a conclusão que o filme retrata uma trama sensacionalista, porém, não podemos ser hipócritas e negar certos parâmetros que seguem alinhados com todo o universo da música eletrônica, seja numa cena ocidental ou oriental, underground ou mainstream e independentemente da vertente, drogas, sexo estão interligadas. Tão pouco só no mundo da música eletrônica, como em todo universo musical por si. A ideia do diretor era transparecer o convívio e a relação existente entre esses que integravam uma não muito bem vista parte da sociedade como jovens héteros, bissexuais, homossexuais, transgêneros, drogados, freaks, clubbers e até mesmo as próprias pessoas sem classificação de esteriótipos, porem que já adotavam e viviam da renda proporcionada pela propagação da música eletrônica. Uma relação baseada no verdadeiro sentido de agregação familiar, amor ao próximo e uma recepção que chegasse o mais próximo possível do altruísmo e empatia para com o próximo.

E vocês que são de uma geração mais recente ou que há pouco se deparam e frequentam festas, sim, isso já foi uma realidade existente em muitos cantos do planeta e até aqui pelo Brasil. Tanto que, o filme prega com enfase a questão do conceito P.L.U.R - Peace + Love + Unity + Respect que ficou popularizado nos anos 90. O termo como manifesto, emprega o conceito e a filosofia de vida, quase que como um mantra, uma clausula, uma condição de vida, para um movimento nas entranhas da cultura da música eletrônica difundido da cultura hippie, porém, se tornou um jargão com o passar dos anos virando maleável e mutável de acordo com a massificação e perdendo seu valor.

PLUR

Dentre as mais diversas interpretações, P.L.U.R se auto define em: Paz - A hostilidade normalmente não serve outra finalidade senão defender um ego que não tem paz interior . É uma crença comum entre a cultura rave que a violência nunca é a resposta. Amor - Atos e sentimentos de boa vontade para com os outros. A troca de gestos como abraços ocorre em quantidades imensas em qualquer delírio, e é considerado uma forma de "espalhar o amor". Unidade - Estamos todos unidos na condição humana. Respeito - Uma pessoa deve mostrar respeito pelos sentimentos dos outros através de suas ações e inações, e um deve ter respeito por si mesmo e do ambiente. De uma maneira clara, o filme ilustra o pre conceito existente aos olhos do desconhecido, tenta quebra-lo, e consegue, onde no decorrer da própria história, que sem 'protagonistas' escancara a auto libertação e expõe a reflexão. Tudo começa com um e-mail e em uma única noite a trajetória caminha rumo uma série de acontecimentos positivos e negativos, detalha o funcionamento, como era, mais por de baixo dos panos, os locais secretos pra realização das festas e os map points, galpões abandonados, aventuras amorosas, descobertas, a quebra da barreira do medo, divisão e compartilhamento, caronas e a impossibilidade de conseguir localizar a rave (o que até acontecia com uma certa frequência antes da tecnologia moderna, rs), a experimentação do ecstasy e no mais, a motivação e o amor envolvido que pulsa por trás desse estilo de vida.

Peace + Love + Unity + Respect

Sem um time de peso de atores e atrizes, entretanto com uma simplicidade que faz o entrosamento valer muito a pena ao introduzir um denso nível de comoção ao telespectador que passou por momentos semelhantes em outrora, outras épocas.. Os artistas que mais desenvolvem os papéis são: Mackenzie Firgens, Lola Glaudini, Denny Kirkwood, Hamish Linklater, Vincent Riverside, Rachel True, Steve Van Wormer, Bradley K. Ross, Elizabeth Sun e Matthew Bernson.

A estrutura da equipe contou com mais de 20 profissionais de departamentos diversos em especialização de som, 10 profissionais de artes, 7 produtores e assistentes de direção, 8 envolvidos em figurino e maquiagem, dentre a própria "Polywog" (que também encena a si mesma no filme) e quase mais 100 pessoas no elenco, direção e outras funções. Uma equipe relativamente pequena, mas com um painel levantado pelo filme, que grandemente traduz muito bem sua função, na maioria das opiniões.


Pra somar credibilidade, o Dj inglês John Digweed (começou sua carreira desde muito jovem e que esta atualmente com 50 anos de idade) tem representação e atuação real, se apresentando no filme e com menção a seu também existente no mundo real, selo The Bedrock Records.

O selo "Bedrock" possui 3 ramificações de atuações. A gravadora, uma produtora, e também o que designa a sua parceria pro projeto com o Dj Nick Muir, na qual, além de "Heaven Scent" (que se encontra na trilha deste filme) também são responsáveis pela inclusão da faixa “For What You Dream Of” no filme “Trainspotting” e não parando por ai, foram um pouco mais além, produzindo a trilha sonora pro MTv Spider-Man: A Nova Série Animada baseado nos quadrinhos da Marvel. Sua linhagem de som é bem extensa, abrangendo House music, House progressivo, Tech house, Techno e Trance. Como se não bastasse, foi fundador do Renaissance um clube em Mansfield na Inglaterra, que também se tornou outro selo de gravadora e que no ano de 2010 se tornou a Ministry of sound. Realizou feitos ao lado de Carl Cox, um britânico dj de peso, que em outras palavras, se tornou um dos pilares da cena techno mundial. Já junto de Alexander Paul Coe aka Sasha, um outro super Dj do Reino Unido que remixou faixas para Madonna, The Chemical Brothers e Hot Chip e até recebeu indicação ao Grammy por suas composições eletrônicas, na qual ambos já alcançaram o número 1 do mundo, produziram um documentário no ano de 2006, (este já foi pautado por nós e esta incluso no roteiro das nossas publicações futuras, então fiquem ligados para maiores informações). Confira abaixo a suave e eclética trilha sonora que desfila pelo filme: 1. "No Obstacles, Only Challenges"

2. Girls Like Us - B-15 Project Featuring Crissy D & Lady G

3. Champagne Beat Boogie - Boozy & Swan

4. You're The Lucky Ones - Baby D Love

5. Duke's Up (Joshua's Dubwise Mix) - W

6. 20 Minutes of Disco Glory (Simon's Come-Unity Mix) - DJ Garth & E.T.I.

7. Perpetual - Christian Smith & E.B.E. Present Timeline

8. Halycon - Orbital

9. Anomaly (Calling Your Name) - Taylor

10. Heaven Scent - John Digweed

11. Beachcoma - Hybrid

12. Protocol - Symbiosis

13. "Wanna Go To The Endup?"

14. Infinitely Gentle Blows (Scott Hardkiss' Aural Hallucination Mix) - Alter)Ring Segundo o site IMDB existem outras faixas também creditadas na produção do filme.


Temos o filme em VHS, mas aos apaixonados por coleções o DVD contém o trailer, bastidores, clipe, cenas extras, entrevista e ainda mais alguns bônus. O filme pode ser localizado por diversos sites de streaming pela internet e por preços bem acessíveis.

CARL COX: Site Oficial

Resident Advisor Este filme é um dos que mais indicamos e sugerimos. E notoriamente, o que mais temos afeição.

 

*Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da AMEBRA! **Todos as fontes e referências são baseadas nos próprios sites mencionados!

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