AME: MANIFESTE + MANIFESTO II
- Rodolfo Gnan
- 10 de fev. de 2017
- 2 min de leitura
Nosso Manifesto! Sou um parágrafo. Um parágrafo auto explicativo e para tentar não-me explicar melhor: Agora sou um espaço, espaço este, na qual estou destinado pra me apresentar e nos manifestarmos. Manifesto significa declarar pública ou solenemente as razões que justificam certos atos, fundamentos e certos direitos. Manifestar é divulgar um desejo ou também repudiar.

A diferença é a mesma diferença entre um livro só com fotos de vulcões e os nomes deles embaixo de cada foto, e um livro com apenas textos explicando detalhadamente os vulcões. No primeiro você vê uma variada galeria de montanhas, algumas numa paisagem dramaticamente bonita, instigante e outras nem tanto. Você vê um vulcão se derretendo em rios de lava com uma tempestade com enormes e ameaçadores raios como pano de fundo, se assusta, se arrepia, ou numa outra vê a cratera de outro vulcão repleta de água azul e as margens cercadas de pinheiros, uma imagem que transmite paz. Depois de umas 20 ou 30 fotos, por mais belas que sejam, começam a parecer todas iguais. E você termina de ver o livro sabendo tanto sobre vulcões como quando começou. E 10 minutos depois de haver fechado o livro, você nem se lembra mais das sensações que experimentou. Já num livro-texto, você é obrigado a pensar no que está lendo, abstrair o significado das coisas. Você vai entender cada um dos vulcões descritos. E ao final do livro saberá o que é um vulcão mesmo sem ter visto um.
Eu, parágrafo, peço desculpas pelo meu elitismo aqui, mas uma megalomaníaca mania de sensações que, se materializada, mesmo, simplesmente, irá saturar as pessoas, afinal, numa comparação simplória, quão doce pode ficar um doce ??? A questão não é ser underground ou mainstream: A questão é saber se viajar é mais importante do que chegar.
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